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Webinar ‘Metodologias Ativas de Aprendizagem’ discute ensino participativo e mudanças na educação jurídica
05/02/2020
Na sexta-feira, dia 31 de janeiro, foi realizado o Webinar “Metodologias ativas de aprendizagem: como implementar no ensino jurídico”. O seminário online foi mediado pela doutora em educação e escritora Andrea Ramal e contou com a participação de Marina Feferbaum, doutora em Direito e coordenadora da área de Metodologia de Ensino e do Centro de Pesquisa e Ensino em Inovação, na FGV Direito SP, e de Guilherme Klafke, doutor em Direito Constitucional, pesquisador e líder de projeto na área de Metodologia de Ensino de Direito desde 2013.
No encontro, os palestrantes compartilharam suas experiências na formação de professores e discutiram as novas metodologias para o ensino jurídico. Andrea Ramal iniciou o evento destacando a importância dos novos métodos de ensino e aprendizagem, com foco na experiência dos alunos. Segundo a educadora, “vivemos hoje uma revolução na sociedade do conhecimento — nesse momento em que o ensino tradicional passa por transformações, de que forma é possível aprender mais e melhor?”
As transformações do ensino jurídico
Segundo Marina Feferbaum, existem mais de 1.500 cursos de Direito oferecidos pelo Brasil. Nesse contexto, é essencial repensar que tipo de aluno as universidades devem formar. “Para o professor, pode ser um momento angustiante. Como adotar o ensino participativo e implementar no dia a dia dos estudantes?”, comentou. Para ajudar docentes nessa jornada, Marina deu várias dicas durante o Webinar, as quais podem ser implementadas em sala de aula.
Para Guilherme Klafke, uma das maiores dúvidas dos professores é saber quais as principais diferenças entre o ensino tradicional e o ensino participativo. Quando e como implementar essa nova metodologia? “O tópico mais importante para entender o ensino participativo seria compreender o paradigma de pensamento voltado para conteúdo, para informação, em que o professor é o detentor do saber. No ensino participativo, o paradigma de conteúdo muda – todo aluno tem uma bagagem de vida e conceitos prévios. Tais conceitos são refinados, aprimorados, seja a partir do confronto com ideias, pessoas ou experiências. Logo, o histórico é importante: o aluno chega com um processo de aprendizagem que importa”, explica o professor.
Os palestrantes realçaram, principalmente, a importância da participação do aluno no processo de aprendizagem. “O ensino participativo é mais democrático e inclusivo, considera as diferenças”, comentaram. Para os especialistas, a universidade deve repensar seu papel, pois a informação encontra-se em toda parte. O dever do ensino jurídico atual é auxiliar os alunos a buscar as respostas e a participar ativamente das aulas e atividades.
Outro assunto abordado no seminário foi o avanço da tecnologia e o crescimento das lawtechs e fintechs. Hoje, há um grande percentual de automação, especialmente no campo do Direito. Contudo, para os palestrantes, isso não significa o fim da profissão, mas as funções como conhecemos hoje serão modificadas. “Funções repetitivas, de copiar e colar textos, por exemplo, não vão mais fazer sentido”, comentou Marina.
Interação dos participantes
Durante o Webinar, após a apresentação dos palestrantes, houve o momento de interação via chat e redes sociais. Docentes de todo o Brasil participaram enviando perguntas a respeito do ensino jurídico e as metodologias ativas de aprendizagem, pedindo exemplos, sugestões de livros, dicas de como aplicar novos métodos em sala de aula, cursos EAD, inovação na prática jurídica e muito mais. Marina e Guilherme responderam às questões dos participantes com base na própria experiência em sala de aula, comentando os desafios diários da docência.
Durante o Webinar, os palestrantes indicaram livros essenciais para quem deseja se aprofundar nas metodologias ativas de ensino. São eles:
- Revolucionando a Docência Universitária – Edvalda Leal, Gilberto José Miranda e Silvia Casa Nova;
- Revolucionando a Sala de Aula – Edvalda Leal, Gilberto José Miranda e Silvia Casa Nova;
- Aprendizagem Baseada em Problemas -Fábio Frezatti, Daiana Bragueto Martins, Daniel Magalhães Mucci, Paulo Adeildo Lopes;
- Sala de Aula Invertida – Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem – Jonathan Bergmann e Aaron Sams.
Novo livro a caminho!
E fique ligado! Em BREVE, será lançado o livro Metodologia Ativa em Direito: Guia Prático para o Ensino Jurídico Participativo e Inovador. Acompanhe nosso site e redes sociais para saber tudo sobre a obra, que trará informações essenciais sobre métodos de ensino jurídico, com exemplos práticos e atuais.
Ainda não assistiu ao Webinar? Então veja o vídeo completo!
Clique aqui para ver a apresentação completa dos professores no formato PDF.
Vem aí!
Se você gostou do Webinar “Metodologias ativas de aprendizagem: como implementar no ensino jurídico”, não se esqueça de acompanhar o blog e redes sociais do GEN Jurídico para conferir nossos próximos webinares e eventos. Acompanhe!
Mais sobre os professores
Marina Feferbaum é Doutora (2016), Mestre (2009) e Graduada (2006) em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC SP). Learner designer (Kaospilot), coordenadora da área de Metodologia de Ensino e do Centro de Pesquisa e Ensino em Inovação, ambos da FGV Direito SP. As linhas de pesquisa abrangem direitos humanos, sistema jurídico africano, ensino jurídico brasileiro, métodos de ensino e tecnologia. Na FGV Direito SP, também coordenou o Observatório do Ensino de Direito e cursos de pós-graduação lato sensu. Foi professora da pós-graduação nas disciplinas de metodologia científica e internacionalização das áreas jurídicas. Publicou e organizou diversas obras sobre direitos humanos, ensino jurídico e metodologias participativas de ensino, além de ministrar cursos de formação docente pelo Brasil.
Guilherme Klafke é Doutor em Direito Constitucional na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FADUSP). Mestre e Graduado pela mesma instituição, com premiações acadêmicas. Pesquisador e líder de projeto na área de Metodologia de Ensino da Direito SP desde 2013. Foi professor de Filosofia do Direito da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (2017-2018). Foi coordenador do curso Escola de Formação (2017), da Sociedade Brasileira de Direito Público, onde é professor e orientador desde 2012. Ministrou cursos de aprimoramento docente em diversas instituições brasileiras e foi conteudista do Programa de Certificação de Professores para o Ensino Superior da FGV Direito SP.
Mediação
Andrea Ramalé educadora e escritora. Doutora em Educação pela PUC-Rio, atua como comentarista sobre o tema na Rede Globo, no Encontro com Fátima Bernardes. É colunista do G1.
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