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Revolução Digital
Fernando Antônio de Vasconcelos
16/09/2015
Com o avanço vertiginoso da tecnologia, percebe-se, com clareza, que o Celular e a Internet são as tecnologias digitais mais usadas em todo o mundo. Cerca de três bilhões de pessoas habitantes do planeta têm um telefone celular, evidenciando apenas uma das facetas desse avanço tecnológico. A tecnologia digital tomou conta da sociedade moderna e aqueles que a ela não aderirem ficarão “por fora do mundo”.
A velocidade das comunicações, aliada ao desenvolvimento dessas novas tecnologias, tem surtido efeitos em vários aspectos da vida cotidiana, como se percebe dos estudos e das pesquisas realizadas até então. Não se pode negar que estamos vivendo uma verdadeira “revolução digital”. O ritmo de crescimento de aparelhos conectados em redes mundiais ultrapassou, em muito, a média histórica até então verificada. O uso da Internet contrariou todos os prognósticos e hoje o mundo cibernético está presente em todos os recantos, nas menores cidades, nas casas mais humildes. Os custos estão barateando, os fabricantes estão se moldando à realidade e quem ganha com isso é a população, especialmente a mais pobre.
O salto dado pela Rede Internet é impressionante. Os aparelhos eletrônicos diminuíram de tamanho e aumentaram em potência e praticidade. Chips microscópicos, câmeras digitais de modelos cinematográficos, Internet sem fio (wireless) e tantos outros avanços proporcionam conforto em demasia e possibilidade de aprendizado, exercendo forte influência nas transações mercantis, bancárias, pessoais e financeiras. Restam aos estudiosos os mecanismos para que as pessoas, ao invés de se beneficiarem desse aparato tecnológico, não venham a se tornar vítimas de danos praticados por meio dessa mesma tecnologia da informação.
No início era o Rádio e o rádio virou TV, que virou Telex, que virou Fax, que virou Internet. Até pouco tempo, na maioria das cidades, ter uma antena parabólica era sinal de prestígio e de riqueza. As ondas do velho rádio haviam morrido. Agora, apesar da TV Digital, das TVs de Plasma, de LCD e de LED, estudos recentes mostram como a juventude está preferindo a Internet à Televisão.
Segundo estudos publicados até o final do século XX, a TV ainda era a principal fonte de informação para o jovem brasileiro. Porém este se tornou um entusiasmado multimídia. Boa parte desses jovens ainda assiste a programas televisivos, embora a TV venha caindo na preferência dos jovens e a Internet esteja ocupando o seu lugar.
Para alguns estudiosos, esse número não impressiona, pois não significa que o jovem passe todo esse tempo na frente da televisão sem fazer outra coisa. Ele pode deixar a TV ligada enquanto navega na Internet. O que acontece é que, com a disponibilidade dos meios de comunicação, o jovem se tornou um multimídia.
Na era dos chips, do MP4, MP5, MP6 e sei lá quantos MPS ainda mais virão, já há faixas e classes sociais em que a Internet lidera. Segundo pesquisa que realizamos recentemente, os jovens com idade entre 16 e 17 anos, assim como os de 18 a 21, disseram preferir a Internet. Para os jovens das classes A e B, a internet é o meio de comunicação mais importante, com larga vantagem em relação à TV (43% a 26%).
Nas classes menos favorecidas, a realidade é outra: a TV tem predomínio sobre os outros meios de comunicação. Para muitos a TV é sinônimo de entretenimento. A diferença é que, na Internet, o jovem pode pesquisar na hora que quiser, comunicar-se e bater papo com os amigos. A TV é estática, sem se falar na quantidade de horas e minutos que se perde “engolindo” publicidade. A Internet é mais flexível, enquanto na TV não dá para se mudar os horários da programação.
É importante observar que o rádio, um dos meios mais antigos de comunicação, continua como excelente meio informativo mas, tanto jornais como estações de rádio podem ser facilmente acessados através da Internet. Então, como bola da vez, o mundo virtual ou cibernético está ganhando espaço para o mundo físico ou real. Quem diria que a endeusada TV encontrasse um concorrente à altura do seu poderio?
Há, pois necessidade de mais estudos, mais pesquisas e de maior interesse governamental além do tímido Marco Civil da Internet. No mundo tecnológico as coisas acontecem em velocidade supersônica, ao, passo que, no mundo jurídico, os acontecimentos são cronometrados a passos de tartaruga, gerando disparidade imensa entre esses dois mundos. E o jovem está inserido nos dois.
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