Crescimento econômico na pandemia

O mundo deve estar estranhando o bom desempenho econômico da nossa economia em tempo de pandemia.

Organismos internacionais no início de 2020 apontavam um PIB negativo da ordem de 9% para o Brasil empatando com a queda dos países desenvolvidos.

Verificou-se que ficou aquém de metade dessa previsão.

Agora, uma nova surpresa, a projeção do PIB de 2021 era de 3%, depois, 4%.

Entretanto, no primeiro trimestre do ano o PIB cresceu 1,2% sinalizando um crescimento anual de 5,5%, o que é um desempenho excepcional.

Qual a razão desse crescimento?

São várias. Primeiramente, o setor agrícola não foi afetado pela pandemia sendo que as atividades de agronegócio em nenhum momento sofreram interrupções.

As exportações bateram recordes e o balanço de pagamentos nunca experimentou um superávit tão expressivo como agora.

Em segundo lugar, a política econômica do governo federal jamais pregou isolamento horizontal como pretendiam os governadores e prefeitos sempre dependentes de recursos financeiros da União.  A União não tem com quem obter financiamentos sendo que a única solução é o lançamento de títulos da dívida pública que já atingiu o patamar perigoso de 88,8% do PIB. A previsão inicial apontava para um endividamento de ordem de 100% do PIB que felizmente não aconteceu no fechamento do exercício de 2020.

Responsável pelo sucesso são os programas essenciais de manutenção da renda e do emprego, a distribuição de auxílios emergenciais que estimulam o consumo e aquece a economia, apesar dos 14 milhões de desempregados.

A diminuição de atritos institucionais também é apontada pelos especialistas como uma das causas do crescimento econômico.

Com a economia nos eixos difícil se torna a oposição mobilizar forças políticas contra o Presidente. Panelaços aqui e acolá não são suficientes para sustentar um eventual pedido de impeachment a menos que o senhor Presidente parta para a instauração da desordem no País abalando os alicerces do Estado Democrático de Direito.

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