GENJURÍDICO
STF muda entendimento, avalia que não há risco de pena de morte e autoriza extradição de cidadão chinês

32

Ínicio

>

Artigos

>

Internacional

>

Tributário

ARTIGOS

INTERNACIONAL

TRIBUTÁRIO

STF muda entendimento, avalia que não há risco de pena de morte e autoriza extradição de cidadão chinês

STF

ZHIFENG TAN

Eduardo Muniz Machado Cavalcanti

Eduardo Muniz Machado Cavalcanti

31/03/2025

O Supremo Tribunal Federal (STF) alterou uma decisão e decidiu extraditar um cidadão chinês acusado de crimes tributários. No ano passado, a Corte negou a extradição, por considerar que não havia transparência no Judiciário da China. Agora, contudo, os ministros decidiram autorizar a entrega do cidadão, por considerar que houve avanços na legislação chinesa e que não há o risco de aplicação da pena morte.

O julgamento original foi concluído em agosto do ano passado na Segunda Turma do STF. O relator original era o ministro André Mendonça, que votou para autorizar a extradição de Zhifeng Tan, suspeito de emitir faturas falsas de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e que está preso no Brasil desde 2022. Ele foi acompanhado por Dias Toffoli..

Edson Fachin, contudo, abriu uma divergência na época. O ministro afirmou que não havia “informações que revelem a transparência do funcionamento do Poder Judiciário Chinês” e ressaltou que o governo chinês havia descumprido obrigações assumidas em outros processos.

Gilmar Mendes seguiu Fachin e afirmou que o pedido deveria ser negado pela “possibilidade de imposição de penas perpétuas ou de morte”. Nunes Marques também acompanhou os dois, e essa posição foi vencedora.

O governo da China, contudo, recorreu da decisão e afirmou que os fundamentos utilizados “são obsoletos e anteriores a reformas” na legislação penal, que acabaram com a pena de morte por crimes econômicos. “Não há qualquer chance de imposição de pena vedada no ordenamento jurídico brasileiro”, afirmaram os advogados Wesley Ricardo Bento, Eduardo Muniz Cavalcanti e Lucas Rodrigues de Paula.

Os argumentos foram aceitos por Fachin, que se tornou o relator por ter liderado a posição vencedora. O ministro reconheceu que houve “importante reforma na legislação penal e processual penal do Estado requerente” e avaliou que não há “risco de imposição de pena de prisão perpétua”.

Dessa vez, a decisão foi unânime, em julgamento encerrado na terça-feira na Segunda Turma, no plenário virtual.


Fonte:O Globo

LEIA TAMBÉM

Assine nossa Newsletter

Li e aceito a Política de privacidade

GENJURÍDICO

De maneira independente, os autores e colaboradores do GEN Jurídico, renomados juristas e doutrinadores nacionais, se posicionam diante de questões relevantes do cotidiano e universo jurídico.

Áreas de Interesse

ÁREAS DE INTERESSE

Administrativo

Agronegócio

Ambiental

Biodireito

Civil

Constitucional

Consumidor

Direito Comparado

Direito Digital

Direitos Humanos e Fundamentais

ECA

Eleitoral

Empreendedorismo Jurídico

Empresarial

Ética

Filosofia do Direito

Financeiro e Econômico

História do Direito

Imobiliário

Internacional

Mediação e Arbitragem

Notarial e Registral

Penal

Português Jurídico

Previdenciário

Processo Civil

Segurança e Saúde no Trabalho

Trabalho

Tributário

SAIBA MAIS

    SAIBA MAIS
  • Autores
  • Contato
  • Quem Somos
  • Regulamento Geral
    • SIGA