A Filosofia de Sucesso na Advocacia: 16 pilares para uma trajetória exitosa na prática advocatícia

Segundo a OAB, o Brasil soma mais de 1 milhão de advogados, e a previsão é que esse número suba para 2 milhões até 2023. Além disso, somos a nação com mais cursos de Direito no mundo, com cerca de 1,4 mil ofertas. Esses números superlativos revelam a dimensão da concorrência desse segmento e a necessidade de cada profissional compreender de fato seu espaço de atuação. Pensando nesse contexto que Sergio Rodrigo Russo Vieira e Bruno Bom apresentam A Filosofia de Sucesso na Advocacia, uma obra que não se apega a fórmulas, embora funcione como um interessante passo a passo para uma jornada de êxitos.

A Filosofia de Sucesso na Advocacia dá dicas valiosas e expõe, com bastante objetividade, reflexões, soluções autênticas e modos de atuar na profissão. O livro também conta com um prefácio do jurista José Renato Nalini, além de uma análise de caso prático do case Nelson Wilians Advogados, um dos maiores escritórios da América Latina.

Em suma, A Filosofia de Sucesso na Advocacia é fundamental para jovens advogados que querem compreender de fato seu espaço no universo jurídico, alunos de Direito e todos aqueles que pretendem ingressar neste mercado cada vez mais competitivo.

A Filosofia de Sucesso na Advocacia: leia a apresentação do livro

“O sucesso no Direito é, indiscutivelmente, externo a si próprio.”(Bruno Bom)

Já se filosofou sobre os mais diversos temas, buscando novos ângulos de interpretação dos seus conceitos, dogmas e vertentes. O exercício é bem saudável para delinear pontos de vista que, até então, foram pouco explorados ou valorizados.

Quando decidimos escrever este livro, o nosso primeiro desafio foi buscar, na própria caminhada, referências que delineassem a nossa visão do sucesso no Direito sob outro ângulo e, assim, trazer ao leitor subsídios que estimulassem uma reflexão profunda sobre o assunto.

Logo de saída, percebemos que estávamos diante de uma empreitada complexa, pois muitos dos colegas advogados certamente seriam resistentes à essa proposta, visto que suas rotinas cotidianas praticamente os blindavam para quaisquer iniciativas “fora da caixa”, pois as demandas profissionais incessantes absorviam todas as suas energias e atenções, impedindo-os de descortinar algo que fugisse da métrica habitual.

Essa constatação aguçou-nos o propósito de construir este projeto, pois temos a absoluta certeza de que advogar é uma arte e, como tal, não pode se restringir a regras instituídas a séculos, assim como de profissionais estáticos, que permanecem impassíveis diante das revoluções impostas pelo mundo contemporâneo.

Já foi o tempo em que ser um excelente advogado era requisito suficiente para construir uma carreira de sucesso, valorizada e respeitada pelos seus pares, colaboradores e clientes. Aquele que não se der conta disso, indubitavelmente, estará fadado à obsolescência ou, quem sabe, até bem antes de se aproximar dela. O padrão do fazer jurídico, alicerçado naqueles valores que conhecemos tão bem, foi colocado num liquidificador e ligado na sua potência máxima, de forma que, ao ser desligado, o que restou não tinha mais nada da fórmula original.

Muitos advogados supõem que poderão se ater ao status quo e que, agindo assim, estarão protegidos das intempéries e surpresas que os novos ventos estão sinalizando, muitas vezes de forma dissimulada, sem quaisquer alardes. Ledo engano. Novos parâmetros na contratação de membros para a equipe e no perfil de clientes, por exemplo, não são mais meras possibilidades, já que descortinam uma realidade a qual não podemos mais nos negar a enxergar, tampouco aceitar as mudanças trazidas no seu bojo.

Esse perfil disruptivo vem à tona, estabelecendo parâmetros de comportamento que, literalmente, detonam pilares que se diziam inatingíveis, passando com rolo compressor sobre que-sitos que pareciam eternos, mas que, de fato, estavam imbuídos de uma fragilidade imensa, por mais incrível que possa parecer.

Os mais de 1 milhão de advogados registrados no Brasil, conforme dados da OAB, denotam uma massa crescente de profissionais lutando pelo mesmo chão – obviamente cada um no seu nicho de atividade –, com a previsão de atingir os 2 milhões até 2023.

Para tornarmos os dados mais alarmantes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) trazia, em 2021, o universo de aproximadamente 900 mil alunos matriculados em cursos de Direito, revelando que o Direito perdura como objeto de desejo profissional para quase 1 milhão de pessoas!

Ao ostentarmos o título de nação com mais cursos de Direito no mundo, com 1,4 mil deles ofertados em todo o país, podemos supor que a advocacia se saturou, chegou no limite. Talvez até seja verdade, particularmente para quem não introspectar que é mandatário sair da casca e encarar os fatos como são.

Lembro-me de uma frase do prestigioso professor José Renato Nalini (2021): “o Direito é um universo complexo, capaz de seduzir os vocacionados. Mas para surtir os desejáveis efeitos para os quais ele se preordena, precisa dialogar com outras ciências”.

Perguntamos: estamos realmente dispostos a dialogar com as outras ciências? Qual o limite da nossa capacidade de deixarmos de ser simples estátuas para nos tornar seres em movimento, com disposição para se reinventar, colocar em prática novos roteiros e traçar horizontes além do que a vista alcança?

“Os advogados superestimam sorte e ganhos rápidos. Os advogados ainda subestimam processos e o diálogo com outras ciências. Roma não foi construída em um único dia. Essa frase vale para quase tudo na vida, inclusive para o sucesso na advocacia.”(Bruno Bom)

O sucesso no Direito é, indiscutivelmente, externo a si próprio.Quando nos propomos a sair da osmose e ir à luta, portando novas armas e novas estratégias de guerra, a chance de sobrevi-vermos será exponencialmente maior.Ao mesmo tempo, não pretendemos nesta obra defender um modelo exato, uma “receita de bolo” para o sucesso na profissão.

A gestão de uma filosofia exitosa no Direito não é uma ciência exata, mas, sim, um universo de tomadas de decisões a partir de uma série de inferências e características particulares de cada situação. É isso a que nos propomos no livro: não entregamos fórmulas ou pílulas de sucesso, mas nos comprometemos a desenvolver uma entrega de possibilidades de reflexões sobre caminhos, soluções autênticas, modos de fazer.

Pretendemos que ele seja uma fonte de inspiração aos operadores do Direito, em quaisquer níveis de atuação, para que se tornem e, principalmente, mantenham-se relevantes na nova conjuntura.

Vamos incluir, ainda, a análise de caso prático da maior e mais renomada firma advocatícia da América Latina, a Nelson Wilians Advogados, escritório de dados estatísticos megalomaníacos: ao todo são mais de 500 mil processos ativos, cerca de 20 mil clientes, entre pessoas físicas e jurídicas, e um quadro de 3 mil colaboradores distribuídos em 29 unidades por todo o Brasil. O objetivo é trazer, além do conteúdo teórico, uma abordagem prática da filosofia do sucesso na profissão.Como dizia Sêneca, “o destino conduz o que consente e arrasta o que resiste”.

Alguns conceitos das obras aqui mencionadas parecerão repetitivos para os leitores, entretanto, estamos abordando quase dois séculos de Direito no Brasil, durante os quais foram enraizados axiomas e paradigmas em seus operadores, pilares edificados em um consciente coletivo, que impedem a realização profissional no caminho da filosofia do sucesso no Direito.

Portanto, a ênfase nesses temas é de extrema relevância, a leitura constante e a solidificação dos conceitos devem ser compreendidas e traduzidas na realidade dos profissionais, conforme pontou Aristóteles: “Nós somos o que fazemos repetidas vezes, repetidamente, a excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.

Esperamos que este livro venha a contribuir para que a arte da profissão possa ser exercida com todo o seu vigor e plenitude, de forma que a plateia a aplauda de pé.

Assim, evitaremos as vaias que normalmente ecoam diante de uma performance retrógada e pífia, conduzindo os nossos destinos da melhor forma.A todos, uma ótima e gratificante leitura!

Bruno Bom e Sergio Vieira

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