32
Ínicio
>
Artigos
ARTIGOS
O hábito faz o advogado
Alvaro de Azevedo Gonzaga
17/10/2016
Qual a hora de começar a estudar? Qual é a mais parte mais difícil, a 1ª Fase ou 2ª Fase? Dá certo estudar só para 2ª Fase? Boa parte dos candidatos, certamente, já tiveram dúvidas desse tipo.
No livro I, Ética a Nicômaco, Aristósteles diz que para ser pessoas virtuosas ou excelentes, precisamos praticar, de maneira habitual e frequente, atos éticos, precisamos ter como hábito coisas que alimentem nossa alma. Sendo assim, ao aplicarmos essa lógica para a vida ao candidato do Exame de Ordem, um futuro advogado, afirmamos que o estudo contínuo é uma forma de alimentar a alma. Há números que comprovam isso.
Recentemente a FGV divulgou o estudo “Exame de Ordem em números- Volume III” no qual, além de várias outras considerações e apontamentos, a banca organizadora da prova revela que quanto melhor o desempenho do candidato na 1ª Fase, melhor o seu desempenho na 2ª Fase.
Ou seja, apesar das injustiças e problemas da prova, o candidato bem preparado – em geral – ver o seu estudo traduzido em uma boa nota e, consequentemente, na sua aprovação.
Vamos a alguns dos números da tabela que ilustra esse texto. Ao longo das 16 edições analisadas pelo estudo – II Exame ao XVII Exame – 1733 candidatos acertam mais de 80% das questões, a média final deles na 2ª Fase foi superior a 8. Nesse mesmo intervalo de tempo, 219.952 acertaram entre 50% a 59%, a média deles foi 6,98 pontos.
É claro que, por não se tratar de um concurso classificatório, o principal objetivo é passar. Porém, observando o fato de como os resultados da OAB traduzem o quão preparado os candidatos estão, fica evidente que é importante trabalhar com objetivos e metas mais “ousados”. Isso porque, caso seu objetivo seja fazer “somente o mínimo”, você pode ser surpreendido negativamente por uma prova mais difícil ou complexa do que o esperado e, assim, ter a sua aprovação comprometida.
Portanto, assim como o hábito faz o monge, o estudo faz aprovado. Boa sorte!