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Charge do “O Globo” faz piada com advogados que defendem réus na Justiça
Alvaro de Azevedo Gonzaga
29/01/2016
“O Globo”, do dia 20 de janeiro, publicou uma charge reproduzindo a clássica cena de filmes de faroeste: Um pistoleiro parada na porta do saloon, com almas amostra na cintura. A legenda dizia “- E esse aí, é mocinho ou bandido? – Pior: é advogado”.
A Charge que ilustra essa matéria, é a precisa – e humorada – resposta da OAB-RJ.
Não temos – e nunca teríamos – a intenção de censurar, de ser contra o humor. Contudo, pensar e refletir sobre piadas e tiradas é natural. Os grandes piadistas e humoristas, sempre fizeram o mundo pensar.
A respeito da charge do cartunista Caruso, foi feita para ironizar o manifesto, assinado por advogados, que criticava episódios da Lava-Jato. Como pano de fundo, tem-se o senso comum que julga e condena advogados que defendem “bandidos”. Há um enorme perigo nisso.
Isso porque a “brincadeira” parte da ideia de que fazer justiça é sinônimo de punir, de condenar quem é denunciado. Se um acusado é absolvido, pronto. A justiça é falha! Advogados que exigem garantias ao seus clientes e bradam pela presunção da inocência e o direito à defesa, não estariam pedindo por garantias legais, estariam buscando atalhos para se fugir da lei.
Não somos o país sem lei ou um país que não pune! A mídia tem a responsabilidade de desconstruir esses mitos e não reforçá-los, como a charge em questão faz. A legislação no país, em vários assuntos, é moderna, servindo de exemplo internacional. Não faltam leis, falta acesso a justiça, investimento no Poder Judiciário. Falta informação para a população, dos seus direitos e deveres!
Nesse contexto, devemos valorizar, reforçar e defender a atuação dos advogados. Pessoas condenadas sem defesa, condenados por simples apelo popular e midiático – ambos manipuláveis – combinam com uma ditadura, não com uma democracia! Não precisamos de mocinhos e bandidos, precisamos que a lei funcione! Nada como um advogado para conseguirmos isso!
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