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10 passos até a carreira pública
05/09/2013
Confira entrevista do autor Norberto Avena publicada no jornal Zero Hora. A matéria sobre “10 passos para a carreira pública” saiu na edição do último domingo (1).
— Matéria publicada no jornal Zero Hora —
Especialista elaborou programa que orienta a quem deseja passar em uma seleção
Qualquer que seja o projeto, algumas etapas serão inevitáveis até que se atinja o objetivo final. Se essa meta for passar em um concurso público, certamente o candidato irá começar pela fase da decisão, depois a do planejamento. Em algum momento vai errar e caberá a ele perseverar mesmo quando os resultados não forem os esperados.
Nesse processo, há ainda a necessidade de refletir sobre o que está sendo feito no decorrer do caminho, corrigir a rota, dominar as emoções negativas e se superar até o final (sem correr o risco de deixar a chance escorregar nos 45 minutos do segundo tempo).
Para vencer a ansiedade, o desânimo que surge após alguns resultados ruins e o bloqueio de seguir em frente, o psicólogo e coach para concursos Flávio Ribeiro de Paiva elaborou uma metodologia com 10 passos essenciais a serem seguidos por quem quer se tornar um funcionário público (veja o quadro).
— Passar em um concurso é um projeto grande que exige estratégias complexas. Pela minha experiência, observo que as pessoas que conseguem passar são aquelas que seguem o planejamento e não perdem o foco. Outro erro comum é deixar de lado os outros aspectos da vida, achando que vai conseguir recuperar o tempo perdido mais tarde — analisa Paiva.
Conciliar os estudos com os aspectos pessoais, no entanto, exige consciência e disciplina. De acordo com o psicólogo Fernando Elias José, especialista em psicoterapia cognitivo comportamental, o segredo é se entregar por inteiro em cada momento da vida, seja estudando, seja com a família ou no trabalho.
— Se a pessoa for organizada para dar conta de seus compromissos e souber cumprir uma agenda, o próximo passo é começar a incluir a família e as atividades de lazer nesse roteiro. A frequência do estudo deve ser feita a partir de um planejamento baseado em metas reais e de acordo com o estilo de vida de cada um. Se a pessoa se organizar para estudar uma hora por dia, por exemplo, deverá fazer isso todos os dias, pois, dessa maneira, estará educando seu cérebro para essa rotina de estudos — explica o psicólogo.
Na avaliação do promotor de Justiça e especialista em concursos públicos, Norberto Avena, os aprovados costumam ser aqueles que se dedicam mais:
— Geralmente, quem passa não é nenhum gênio, mas aquele que persevera — conclui Avena.
Planejamento que leva ao sucesso
Há cerca de seis anos, o advogado Nelson Edy Rittmann Jr., 32 anos, busca uma vaga pública. Cansado de ver as oportunidades lhe escaparem, decidiu no ano passado seguir o planejamento de 10 passos e conseguiu ser aprovado para o cargo de juiz leigo-conciliador do Tribunal de Justiça do Estado.
— Depois que comecei a me orientar por meio dessa metodologia, as coisas passaram a dar certo para mim. Eu percebi, por exemplo, que de nada adiantava parar a minha vida para somente me dedicar aos estudos. Foi então que comecei a trabalhar no Ministério Público Estadual e a organizar melhor meu tempo. Estou me preparando para assumir no TJ em breve e ainda pretendo prestar o concurso da Defensoria Pública no ano que vem — conta Nelson.
Estratégias de estudo para a aprovação
Decisão – Muitos candidatos não avaliam cenários, não buscam alternativas, não entendem que a decisão por uma seleção pública vai engajá-lo em uma disputa acirrada com outras pessoas altamente preparadas. Quando a decisão é fraca ou confusa, não há como se manter alinhado a uma meta, pois ela não existe com clareza.
Planejamento — Pensar em parar de trabalhar e começar a estudar 12 horas por dia não é um plano. Para traçar um planejamento viável, se deve avaliar diversos aspectos, como: quanto tempo vou investir nesse projeto? O que eu já tenho feito para atingir meu objetivo? Como posso mudar o que está dando errado? O que eu preciso para botar meu o meu plano em ação?
Erro — O candidato precisa aceitar que ele vai errar em alguma das etapas da sua preparação. Mas precisa utilizar isso para avaliar seus padrões de pensamento e comportamento.
Persistência — Muitos ficam pelo caminho porque não entendem que persistência está mais ligada a estratégias de ação do que à motivação. Esse interesse é apenas umas das etapas do processo. É preciso desenvolver estratégias para sair da zona de conforto.
Correção do planejamento – Esse é o meio do caminho, os outros passos eram os alicerces. Esta é a hora de pisar no chão. Momento de, a partir de esclarecimentos colhidos nas etapas anteriores, reorganizar-se. Levando em consideração a sua decisão e os seus erros, aprender o que fazer para não cair nas antigas armadilhas que o impediam de alcançar seus objetivos.
Visão de futuro — Esse é o momento em que o candidato cria a visão do que quer: como quer estudar, como quer se sair na prova, qual o cargo que pretende alcançar, como deseja que sua vida seja antes, durante e depois da aprovação. E, assim, reunir os recursos necessários para transformar essa visão em realidade.
Controle das emoções negativas — Ciente de que os pensamentos e sentimentos ruins surgirão, é necessário criar técnicas para superá-los.
Controle da rotina — Nesse passo, o candidato aprende a ter domínio sobre esses problemas e entende que a vida não para quando está estudando para um concurso. Está enganado quem pensa que irá recuperar o tempo perdido.
Concentração e foco — A concentração é voluntária. Se o candidato não consegue se focar é porque houve falha em um dos passos.
Pré-aprovação — Muitos relaxam nessa etapa e acabam perdendo o foco. Avalie se vale a pena se inscrever em outro concurso só porque o edital foi lançado antes daquela seleção que é seu objetivo maior, por exemplo.
Obras do autor
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