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Língua Portuguesa – pontos decisivos nas provas de concursos públicos

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Língua Portuguesa – pontos decisivos nas provas de concursos públicos

Agnaldo Martino

Agnaldo Martino

21/02/2025

Português é uma disciplina fundamental nas provas. Em 2025, as bancas continuarão a valorizar o domínio dessa matéria, essencial para a compreensão e produção de textos, interpretação de enunciados e comunicação eficiente no ambiente de trabalho. 

As provas incluem uma variedade de tópicos que avaliam o conhecimento gramatical e a capacidade de interpretação e produção textual do candidato. Para esse fim, três grandes áreas são cobradas: gramática, interpretação de texto e redaçãooficial e discursiva.

É preciso estar preparado para enfrentar essas três áreas e sair-se bem nelas todas. Vejamos a seguir o que estudar em cada uma delas para as próximas provas.

Quanto à gramática, focaremos nas relações sintática e semânticas presentes nas frases:

  • Regência nominal e verbal – as palavras, às vezes, estabelecem entre si relações de subordinação, de dependência. Muitas vezes, um termo não possui sentido completo e exige outro para que consiga expressar uma ideia integral. A isso, damos o nome de regência – nominal ou verbal, a depender da classe morfológica do termo que exige o complemento. Esse tema é atualmente o que mais aparece nas provas, pois – por meio dele – é que se estabelecem as relações de sentido entre os termos da oração ou do período.
  • Crase – utiliza-se da reflexão lógica para o uso da preposição “a”, solicitada por um termo regente e um complemento iniciado, ou não, por artigo feminino ou por pronome. O uso da preposição “a”, quando solicitada, é sempre obrigatório, já o uso do artigo ou do pronome vai depender das relações semânticas da frase. O uso do acento grave dependerá do conhecimento da regência e do emprego de artigos e pronomes – é preciso, então, perceber o sentido atribuído a cada termo do período.
  • Concordância nominal e verbal – trata das relações de combinação de gênero e número para os nomes e da combinação de pessoa e número para os verbos. Na concordância nominal, o substantivo é a base da combinação e as outras classes de palavras que a ele se relacionam devem seguir seu gênero e número. Na verbal, o sujeito é a base da combinação e o verbo que a ele se relaciona deve seguir sua pessoa e número. Entender as relações morfológicas e sintáticas é fundamental para resolver questões.
  • Pronomes, seus usos e a colocação pronominal – nossa língua possui recursos para evitar repetições, um deles é o uso de pronomes, substituindo nomes em relações sintático-semânticas. É importante conhecer Regência e Concordância para bem empregar os pronomes e, também, colocá-los na posição adequada (próclise, mesóclise ou ênclise) em cada frase.
  • Pontuação – o emprego da pontuação (vírgula, ponto e vírgula, travessão e dois pontos) é onipresente nas provas. Nunca se separam o sujeito do verbo, o verbo de seus complementos, e o termo regente de seus termos regidos, pois essa é a ordem direta da frase em Português. Qualquer subversão a essa ordem pode, e às vezes deve, ser marcada por vírgulas ou travessões. Também, na concatenação das orações do período, devemos seguir os preceitos da ordem direta, e usar a vírgula ou ponto e vírgula, ou dois pontos, para separar orações coordenadas, ou ainda as subordinadas que subvertem a ordem direta do período. O mais importante é reconhecer a ordem das palavras e a semântica por traz de cada construção linguística.

Para interpretação de texto, focaremos nas relações estabelecidas entre as palavras e suas ideias, observando: 

  • Coesão e coerência – coesão faz referência aos mecanismos de ligação entre os elementos linguísticos, refere-se ao modo como os vocábulos se ligam dentro de uma sequência; coerência está relacionada à construção de sentido do texto por meio de mecanismos linguísticos e de mecanismos extralinguísticos, é o resultado da possibilidade de se estabelecer alguma forma de unidade ou relação entre os elementos do texto. 
  • Paráfrase – é a tarefa de “contar” a mesma história com outras palavras; ou seja, após a leitura do texto, deve-se transferir as ideias apresentadas para o seu próprio repertório, ou para um repertório proposto, sem alterar a essência do texto ou o tema, ou fugir a ele.
  • Inferência – é a conclusão acerca de informações contidas no texto; todo texto está aberto a interpretações, mas não a todas – isso implica afirmar que há no texto marcas que nos permitem uma ou outra interpretação objetiva, fazendo com que a subjetividade desapareça completamente.
  • Síntese – é o argumento central, a partir do que se desenvolvem os assuntos; uma boa síntese recuperará o tema e os assuntos ligados a ele. 

Para a redação oficial, usaremos os preceitos de:

  • impessoalidade – não deve conter impressões pessoais do emissor;
  • clareza – deve ser compreendida imediatamente pelo leitor;
  • concisão – deve transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras;
  • formalidade – deve seguir as regras de tratamento formal estabelecidas pela norma padrão;
  • padronização – deve seguir o mesmo padrão em todo tipo de comunicação oficial; e
  • norma padrão da língua portuguesa, observando as regras da gramática formal.

A redação discursiva foca na dissertação/argumentação. Por meio do texto dissertativo apresentamos ideias acerca de um tema, e argumentamos para provarmos um ponto de vista. O que se cobra é uma boa argumentação; não importa o ponto de vista, importam os argumentos para provar o ponto de vista. Para atingirmos tal objetivo, temos de trabalhar:

  • objetividade – deixar de lado opiniões personalísticas e focar no consenso;
  • estrutura dissertativa – introdução, desenvolvimento e conclusão, em parágrafos bem definidos;
  • manutenção do tema – não fugir ao tema, mas acrescentar assuntos ligados a ele, para não nos tornarmos repetitivos;
  • argumentação – lançar mão de recursos adequados a cada assunto relacionado ao tema.

Prepara-se para a prova de Português exige dedicação e foco. Então, é imprescindível fazermos estudos regulares; resolução de questões anteriores para familiarizar-se com a banca; leitura cotidiana de livros, jornais, revistas e outros materiais de textos; praticar, paulatinamente, a redação de textos dissertativos a fim de melhorar a sua escrita.

A compreensão – seguida do treino amiúde! – dos tópicos aqui mencionados é crucial para alcançar um bom desempenho nas futuras provas e, assim, garantir a tão desejada vaga no serviço público.  

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