Alberto Zacharias Toron relembra suas ilustres experiências com as redes sociais e suas repercussões. Em participação no Seminário da Feiticeira, o advogado criminalista adverte que o anonimato e a falta de controle sobre a veracidade causam desgastes e dissociações de contexto e mensagem.

“Internet hoje é que nem porta de banheiro de antigamente: cabe tudo”

Mas nem tudo é ruim. A acessibilidade alavancada pelo avanço tecnológico permitiu, segundo Toron, a quebra do monopólio da grande imprensa e empoderamento das pessoas:

“Agora, eu não estou mais ilhado, isolado… Eu passo a ser protagonista do processo”

Confira a participação Alberto Zacharias Toron na íntegra:

Em seguida, o advogado explora o campo semântico do vazamento para explicar que os vazamentos em investigações policiais, sobretudo quando se trata de investigação policial conduzida exclusivamente pelo Ministério Público nos procedimentos investigatórios criminais são cirurgicamente pensados:

“…representam uma estratégia para se criar um consenso extra processual e se legitimar medidas…entre elas, a prisão temporária e a preventiva… ou seja, punição sumária”

Dr. Toron ainda ilustra que essa é estratégia é amplamente utilizada distorcendo o real significado da publicidade:

**“A publicidade contribui de forma decisiva para que não se pratiquem injustiças no locus do privado, do segredo, daquilo que corre secretamente.”**

Não obstante, o criminalista explica que o linchamento moral do acusado é fruto do uso destorcido da publicidade.

Por fim, e como era de se esperar, o tema polêmico exaltou os convidados e um grande espaço para discussões e perguntas foi aberto.

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