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DICAS
EXAME OAB
Minha 2ª fase da OAB
Alvaro de Azevedo Gonzaga
08/01/2015
O que eu aprendi com isso…
Quando termina a Primeira Fase do Exame de Ordem, ainda no domingo, com a publicação do gabarito, recebo mais de uma centena de mensagens de alunos do Curso Forum. São alunos do país todo que querem agradecer o empenho dos professores nessa luta da Primeira Fase.
Como a matéria que leciono para o Exame de Ordem só tem incidência na Primeira Fase (Ética Profissional) – contudo, também é o tema que tem maior incidência –, os alunos ficam muito gratos quando têm um desempenho positivo na prova. Alguns, equivocadamente, atribuem a mim a responsabilidade de sua aprovação; mas se esquecem do empenho, do estudo e do controle emocional que tiveram para que obtivessem esse logro.
Como professor, fico muito feliz em poder ajudar esse número significativo de alunos. Entretanto, quando passa a Primeira Fase, aquele professor que protagonizava a esperança de aprovação dos alunos, vira expectador dos competentes amigos que lecionam no curso de Segunda Fase.
Como expectador, pouco posso ajudar meus amigos, mas como amigo posso ao menos compartilhar como foi minha última semana de estudos para a Segunda Fase. Penso que é importante reforçar que todos os professores um dia se sentaram nas carteiras como alunos; e, nessa condição, já sentiram inseguranças. Aliás, penso que quem precisa afirmar que é muito bom provavelmente está traumatizado com algum fracasso que teve e não conseguiu superar ainda…
Eu não tenho vergonha de assumir que também já errei e perdi.
Bem, vamos lá relembrar um pouco da minha Segunda Fase:
Faltava uma semana para a prova, momento importante, como tantos outros. No ano em que me formei, passei para a Segunda Fase (na minha época, quinto anista não podia prestar o Exame). Na última semana, depois de ter estudado quase um mês, lembro-me muito bem: estava com medo e inseguro: “estudei o suficiente?”; “a peça que iria cair era uma peça que eu sabia?”, “saberia responder às questões?”. Resumindo: estava ficando tenso.
Minha ansiedade estava “na boca”: estava com medo de não dar certo e ter que me explicar para as pessoas, que certamente iriam cobrar minha aprovação; ansioso de saber para onde iria caso não passasse… enfim, tinha muito medo de não passar. Pensava só no próximo domingo do Exame.
Nessa hora, um grande amigo e mestre me disse que eu estava mais preocupado com os outros que comigo, que eu estava mais preocupado com as últimas provas do que com a prova que importava. Foi então que percebi que estava alimentando essa prova de fantasmas que provavelmente não existem, ou são criados por nossa imaginação.
Penso que a prova tem o peso que merece, e ela não merece o peso da minha vida…, mas no dia da prova toda atenção da minha vida deve estar focada nas questões e na peça exigida.
A síntese é essa: devemos nos dedicar o máximo que podemos.
Como já disse, não devemos ter vergonha em assumir inseguranças ou medos. Nessa semana, estudei bastante os pontos que tinha dificuldade e estudei também o que estava seguro, para não correr o risco de, na confiança, esquecer algo.
No dia da prova, tinha uma certeza: EU NÃO SABIA TUDO, mas esperava que o que soubesse fosse o suficiente para ser aprovado.
Passei no Exame. A peça que caiu não era a que eu mais sabia, mas deu certo.
Amigos, é isso que espero de cada um de vocês.
Respeitando todas as dificuldades e medos que tiverem, torço para que, no dia da prova, tenham a certeza de não saber tudo, mas que saibam o suficiente e não desistam até as 19 horas do dia 11 de janeiro de 2015.
Um abraço do amigo expectador …
Alvaro